Procurando a sonoridade

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terça-feira, 11 de maio de 2010

Curtas Fratturados ou...

Curtindo um Curta Metragem

Pequenas Curiosidades sobre a visita de
Isaac Benavides
Nas faculdades Eseei
Isaac é um produtor independente, começou os estudos de cinema no Chile e hoje estuda na TUIUTI/PR, onde desenvolve projetos de biografia patrimonial (vídeos institucionais).
Ele comentou que começou a trabalhar como assistente de roteirista para um dia, como veio a acontecer, criar seus próprios roteiros. Comentou sobre a produção independente existente e defendeu categoricamente a simplicidade. Declarou ‘Raul Luiz” como sua principal influência, o que é curioso quando afirma ter se encantado com o cinema pela primeira vez ao assistir “Tartarugas Ninja”. Esta paixão arrebatadora aflorou a necessidade de se expressar, comunicar, e a linguagem cinematográfica foi a ferramenta que escolheu, mais um integrante do ‘Estranho Mundo dos Áudio-Visuais’.
Na fala para os alunos de “PRODUÇÃO DE ROTEIRO E STORY BOARDS” das Faculdade Eseei ele comenta rapidamente sobre a transição da poesia para o roteiro (o que pode ser conferido no seu curta “Carnaval” que aliás, esta inscrito em Cannes), comparando o processo de criação de um roteiro com o da concepção materna, em uma conversa informal onde seu sotaque carregado, por ser natural do Chile e apenas a poucos anos estar no Brasil, não dificultou em nada a compreensão do discurso.
Benavides condena a alienação propagada pelo cinema americano que, em suas próprias, “faz os latino-americanos deixarem de ter sua própria identidade”.
A conversa com o pessoal da Eseei foi proporcionada pelo Professor ‘Laqua’, e trouxe um novo ânimo para todos os alunos que se sentiam ‘carentes’ de produzir alguma coisa, seja por falta de estúdio ou de qualquer outro pretexto, a mensagem que marcou este cronista foi: “Produza, não tenha medo, vai lá e faça. Sua idéia na cabeça não existe, coloque num papel e ela toma forma.” E ainda acho que ele estava falando diretamente comigo.

Em um trecho da entrevista ao jornal “Comunicação” da UFPR ele confirma o que disse na Eseei:

“Eu tenho uma visão muito diversa do cinema brasileiro, porque não sou daqui. O cinema no Chile tem uma tendência atual de fazer filmes sem dinheiro, com poucas pessoas, mas com uma boa história. Priorizar o enredo. Eu vejo que o Brasil tenta imitar demais Hollywood e sua linha de filmagem, o que exige muito dinheiro para fazer grandes produções. Em contrapartida, gosto muito dos filmes daqui (Curitiba), pois o cenário é bastante independente e se diferencia um pouco do resto do país. O cinema brasileiro foge muito da minha ideia de fazer algo mais parecido com documentários, mas também o mercado daqui é muito maior que o chileno, até mesmo pelo tamanho dos dois países. Não tem como comparar, a diferença é muito grande, é outra mentalidade”.

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