Procurando a sonoridade

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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Fratturando Liderança, Estratégia e Plano, Clientes, Sociedade, Informação e Conhecimento, Pessoas, Processos e Recursos.



Liderança, Estratégia e Plano, Clientes, Sociedade, Informação e Conhecimento, Pessoas, Processos e Recursos são fatores intimamente ligados que podem acarretar no sucesso ou fracasso de um empreendimento e que devem ser considerados ao desenvolvê-lo.

O caminho do guerreiro, a filosofia oriental chamada Bushido, é amplamente compartilhada pelos empreendedores modernos, assim como a Arte da Guerra, outro livro oriundo do Japão o qual é muito empregado para resolver questões administrativas.
Na sociedade moderna, as corporações cresceram de maneira tão significativa, que assumiram a personificação popular, cometendo injustiças, crimes ambientais, e muitos outros atos que normalmente seriam atribuídos a uma pessoa. O grande erro que se comete é abstrair que mesmo as poderosas corporações são formadas por Pessoas.

Colocando este preceito inicial, podemos identificar uma falha recorrente nos empreendimentos brasileiros, as pessoas. Não por serem brasileiros, mas por serem escolhidos por brasileiros. É um fato antropológico, já indicado em estudo pelo Professor Gilberto Gnoato, que a população brasileira tem preferência pelos amigos, amantes e parentes, o que interfere em muito no bom andamento de qualquer empreendimento.
Uma gestão administrativa coerente colocaria a pessoa com o perfil adequado na função correspondente, o que não acontece neste país por haver esta ‘obrigação’ cultural de se empregar “amigos, amantes e parentes”, o que pode ser facilmente ilustrado pelos cargos exercidos na administração pública.
Uma pessoa de destaque, seja na Arte da Guerra, no Caminho do Guerreiro, Corporação ou Administração Pública, é o Líder. A pessoa que decide e direciona o caminho a ser seguido pelos demais (interessante lembrar que esta figura não é chefe nem patrão, sendo que às vezes, muito raramente mesmo, estes postos hierárquicos podem apresentar liderança). Quando o Líder conhece a capacidade das Pessoas que trabalham em sua empresa, a possibilidade de se traçar uma Estratégia de sucesso é muito maior.
Usando um pouco de etimologia e semiótica para analisar ‘estratégia’, sem citar o popular jargão criado no cinema brasileiro, trata-se de um conjunto de ações empregadas para se atingir um objetivo.O Plano, ainda nas especialidades de Humberto Eco, é deixar esta estratégia clara ao grupo, corporação, empresa, clubinho, ou o que for.
Voltamos nossa atenção agora a outro grupo de Pessoas, os Clientes. Quando se direciona uma estratégia lembrando-se do grupo de pessoas que constituem os clientes também é muito mais provável sua eficácia.
Informação e conhecimento são empregados por pessoas através de processos para se atingir um resultado, contudo, a análise destes processos e o devido emprego de recursos humanos ou financeiros, devem ser pesados em relação ao “objetivo” que, apesar de ser diferente em cada caso, é de relevância em todos eles.
Desta maneira, podemos concluir que muitas vezes os elementos apresentados neste argumento não combinam apenas por negligência de um ou mais destes que haveriam de ser mensurado com igualdade para o sucesso do seu empreendimento. Então, por que falhamos? Sem a pretensão de ser dono da verdade ou apresentar uma fórmula mágica, simplesmente falhamos por sermos humanos... e por não nos lembrarmos que somos pessoas, que podem errar a qualquer momento por mais que os estratagemas estejam todos devidamente direcionados e preparados... nem todas as pessoas estão tão preparadas quanto gostaríamos. O mundo gira, e nossa percepção de fatores redundantes nos deixa mais suscetíveis a aceitação de uma aparente ‘derrota’, mas esse é um fator muito importante: refletir sobre a tal ‘derrota’ e repassar os passos, não quer dizer que toda santa vez você precise começar do zero... apenas checar os pontos, verificar os resultados e, na próxima, não, não vai ser na próxima que você, sua empresa ou sua vida irá atingir o sucesso total e pleno, mas, com certeza absoluta e inabalável, irá muito mais adiante.


segunda-feira, 18 de junho de 2012

Fratturando a Galáxia Internet ou Negócios Eletrônicos e a Nova Economia


Segundo Fátima Bessa, um dos aspectos mais influentes da internet na vida

das pessoas está relacionado com o mundo dos negócios e com a forma como interfere

nos processos de gestão empresarial, na criação de novos conceitos de economia, na

nova visão do trabalho e no incremento da produtividade e competitividade à luz da

inovação.

Em análise ao livro “A Galáxia Internet” de Manuel Castells, Bessa aponta

exemplos que sustentam uma visão realista e politicamente descomprometida. Podemos

salientar, que esse descomprometimento político foi o que proporcionou o levante

da internet como a grande e essencialmente mais popular e includente forma de

comunicação da atualidade.

Na questão dos então chamados ‘web negócios’, a autora destaca que os

negócios eletrônicos abrangem todo tipo de operações econômicas, sejam, comerciais,

financeiras e relacionais que se desenrolam através dos recursos da internet. Na

definição de Castells, empresa-rede é uma “organização flexível da atividade econômica

constituída em torno de projetos empresariais específicos levados a cabo por redes

de composição e origem diversa” (p 90), que faz a economia proceder dentro de

parâmetros de cooperação entre vários setores empresariais e entre diversas empresas.

Em analise as questões do capital e a sua relação com a internet, Fátima

demonstra como o setor tecnológico atraiu muito capital e desprendeu assim a nova

economia. A interdependência entre o desenvolvimento tecnológico, investimento

e geração de recursos produziram novas práticas de mercado as quais movimentam

financeiramente esta economia a ponto de mesclar os conceitos de empresa e rede,

prevalecendo como estímulo o caráter volúvel e flexível que a informação eletrônica

introduz, em tempo real, nas oscilações financeiras, trazendo os comportamentos do

mercado liderados por uma ‘paranóia global’ que constantemente desafia as fatores

econômicos.

Afastando-se do marxismo o trabalho como patrimônio de maior importância

para o desenvolvimento econômico no contexto de ‘e-comerce’ orientado por processos

tecnológicos e baseado na comunicação de rede, o que traz novas exigências ao nível

de qualidade. Em diálogo com a obra de Castells, citamos o trabalho ‘autoprogramável’

para explicar de que maneira a nova economia gerou um novo conceito de trabalho,

que, por sua vez, depende de uma educação diferente, mas vejamos, se a economia e

recursos tecnológicos estão em constante desenvolvimento, o trabalho e a educação para

tal também devem estar inseridos nesta dinâmica.

Castells e Bessa convergem à defesa de uma educação ao longo da vida, pelo

fato das mudanças constantes e da incessante necessidade de atualização nos campos da

tecnologia, economia, trabalho e educação.

Destaca-se também, a mudança do espírito empresarial, o qual tem criado

novas formas de segurar o capital de trabalho através de processos engenhosos e muito

rentáveis para as empresas. Os trabalhadores qualificados são ‘aliciados’ a receberem,

não só os seus salários em valor pecuniário, como também a receberem opções de

ações, vinculando-se às empresas que os empregam, assumindo um compromisso maior

com o projeto empresarial, originando um novo tipo de trabalhador com aspirações a

tornar-se patrão no limiar de um ponto de independência econômica que possibilite

mudar o seu capital intelectual para a criação do seu próprio negócio, segundo

Castells “uma das surpresas históricas da e-economia’. (p. 119)

Desta maneira, podemos concluir que o surgimento da economia eletrônica

não teve em seu desenrolar os fatores negativos vinculados ao surgimento de uma

nova economia, que são a inflação e o desemprego, mas sim o surgimento de uma

concorrência mais aberta e franca, desde que devidamente compartilhado, nas palavras

de Castells: “embora a produtividade e a competitividade sejam fatores que estão

na base do alto crescimento econômico sem inflação, e a inovação seja o motor da

economia, o financiamento é a base de tudo.” (p 133).

Referência: Bessa, Fátima – Recensão – A Galáxia Internet de Manuel Castells – 2007/

2008

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Fratturando a Praça

A escultura popularmente conhecida como "Homem Nu", da autoria de Erbo Stenzel, que se encontra na cidade de Curitiba/PR, na praça 19 de Dezembro.
Tem a linguagem referencial diretamente relacionada a figura humana mas tem em sua essência a linguagem figurativa relacionada a Emancipação do Estado do Paraná, que ocorreu na data que nomeia a referida praça.
Para observarmos as referencias simbólicas da escultura precisamos lembrar que as capitanias de Paranaguá e Curitiba foram criadas em 19 de dezembro de 1811, e até então, não existia o Estado do Paraná, e sim comarcas subordinadas ao Estado de São Paulo.
A escultura, agora com o olhar simbolista, representa um homem nu sim, por retratar de um infante que acaba de nascer, contudo o faz na forma de um gigante, o pé direito a frente representa a segurança de ‘caminhar com suas próprias pernas’ e os braços esticados para trás do corpo representa o libertar-se dos grilhões da submissão ao julgo de São Paulo.


Maiores informações sobre esta e outras obras de Erbo Stenzel podem ser encontradas na “Casa de Erbo Stenzel” que se encontra no Parque São Lourenço, no cruzamento da Rua Nilo Brandão com Mateus Leme.

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